Por Caio Alexandre Bezarias
E a sempre precisa revisão de André Luiz Pavesi
O peixe arreganha mandíbulas que romperiam a espinha de qualquer dos grandes répteis aquáticos couraçados de eras futuras e avança na direção da vítima, outro placodermo-monstro, mas que possui apenas metade de seu tamanho. A bocarra do segundo peixe também se escancara, guiada pelo instinto de sobrevivência, mandíbulas forradas de dentes formidáveis que poucos vertebrados de brânquias alguma vez teriam, mas insuficientes para a luta que se aproxima. O peixe menor possui mais massa e tamanho que qualquer peixe de água doce que já existiu ou existirá nas águas da Terra.Mas o oponente é ainda maior, um gigante de nove metros enfurecido. Os imensos olhos deste gigante, imensos até para um peixe carnívoro que foi o predador máximo da era aquática, se arregalam e deles se desprende, pela primeira vez neste mundo manifesta-se uma força que atravessará todas as eras: o prazer da caça brilhando nos olhos do caçador, a força antiga e eterna que viverá em todos os seres seguintes e que me alcança, vencendo éons de distância.